Semad recebe, até o dia 21 de janeiro, dados sobre aves com ocorrência no Estado
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) realiza a sétima etapa do projeto de avaliação de risco de extinção de espécies da fauna de Goiás. Até o dia 21 de janeiro, acontece a coleta de informações a respeito de aves que têm ocorrência no território goiano.
Antes das aves, os técnicos da Semad recepcionaram dados sobre libélulas, anfíbios, algumas espécies de peixes, abelhas, mamíferos e répteis, em parceria com pesquisadores e cientistas.
Depois da classificação das espécies de acordo com o grau de ameaça, as informações adicionais sobre história natural dos animais e registros fotográficos serão acrescentadas nas fichas técnicas de cada bicho pelos especialistas coordenadores dos grupos. Com as espécies que fizeram parte das etapas anteriores, esse processo já começou.
O levantamento está reunindo informações diversas sobre as espécies em um sistema chamado BioData, que futuramente poderá também ser acessado pelo público em geral por meio de um módulo público.
O processo de avaliação inclui a realização de oficinas com especialistas dos grupos taxonômicos alvo para aplicação de um método científico reconhecido internacionalmente, desenvolvido pela International Union for Conservation of Nature’s (IUCN).
Saiba mais
Essa é a primeira vez que Goiás vai ter sua própria lista de espécies ameaçadas de extinção. Atualmente, o que se tem são dados a nível nacional, produzidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Neste cenário, é possível que alguma espécie esteja ameaçada em Goiás, mas essa realidade não é reconhecida nacionalmente.
A ideia é que com essas informações coletadas, a Semad tenha condições de estabelecer estratégias adequadas para cada tipo de espécie em risco. A expectativa é avaliar todas as 1,7 mil espécies de vertebrados que ocorrem no estado, incluídas nos grupos de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes; bem como as 900 espécies de invertebrados, dentro dos grupos: libélulas, aracnídeos, moscas e abelhas.
Para reunir o máximo de informações sobre as espécies que serão avaliadas, todas as espécies de vertebrados e invertebrados vão passar por uma consulta ampla. Por isso, toda comunidade científica está sendo convocada a participar desse processo.
A avaliação de risco de extinção de espécies depende da aplicação da metodologia científica União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que é reconhecida e utilizada pelo ICMBio para as avaliações nacionais. Por isso, foi desenvolvido o BioData, um sistema estadual que serve para as avaliações, armazenamento e disponibilização dos dados da biodiversidade goiana.
Por enquanto, o BioData é de acesso restrito aos gestores públicos e especialistas que participam do processo de avaliação de risco de extinção. Mas ao final do processo de avaliação, o site público estará disponível para os cidadãos.
Fonte: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Governo de Goiás
Foto: Almir Távora

