Operação "Fórmula Clandestina" apreende centenas de produtos trazidos do Paraguai sem controle sanitário; substâncias eram vendidas por grupos de mensagens e ofereciam riscos graves à saúde
A Polícia Civil de Goiás deflagrou, no último final de semana, duas ações consecutivas da Operação "Fórmula Clandestina" em Caldas Novas, desarticulando uma rede clandestina de comercialização de substâncias emagrecedoras ilegais. As operações, realizadas nos dias 16 e 17, foram coordenadas pelo Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) da 19ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) e resultaram na apreensão de centenas de frascos de produtos trazidos do exterior sem autorização sanitária.
Segundo as investigações, os produtos – que exigem prescrição médica e armazenamento em condições específicas – estavam sendo comercializados de forma clandestina por meio de grupos de mensagens, expondo consumidores a riscos graves à saúde. A ausência de controle sanitário e a origem duvidosa das substâncias representavam perigo iminente para quem as adquiria.
Primeira ação flagra entrega clandestina
A primeira fase da operação foi deflagrada no domingo (16), após o Genarc receber informações sobre uma entrega clandestina no Setor Olegário Pinto. Um suspeito, já conhecido pelos agentes por trazer produtos irregulares do Paraguai, foi abordado dentro de um veículo de cor branca, onde foram localizados frascos de substâncias emagrecedoras acondicionados em caixa de isopor.
Durante a vistoria no imóvel vinculado ao suspeito, a equipe policial apreendeu mais de uma centena de frascos e canetas contendo substâncias emagrecedoras, além de outros produtos proibidos no Brasil. Em depoimento, o homem confirmou que trazia os materiais do Paraguai sem qualquer controle de transporte ou conservação adequada, colocando gelo nas embalagens apenas no momento da entrega aos clientes.
Segundo ponto de venda descoberto
No dia seguinte, segunda-feira (17), as investigações levaram os policiais a um novo ponto de revenda, desta vez localizado no Setor Itaguaí II. No local, foram apreendidos diversos frascos e canetas emagrecedoras armazenados de forma completamente inadequada dentro de uma geladeira comum, misturados a alimentos. Também foram encontradas seringas contendo substâncias não identificadas, aumentando a preocupação das autoridades com os riscos à saúde pública.
Rede clandestina sem controle sanitário
As duas ações revelam a existência de uma estrutura organizada para a distribuição ilegal de produtos emagrecedores em Caldas Novas. A operação evidenciou a total ausência de controle sanitário, transporte irregular das substâncias e venda sem prescrição médica, além da comercialização de itens não autorizados pelos órgãos reguladores brasileiros, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Medicamentos emagrecedores de uso controlado requerem acompanhamento médico rigoroso, pois podem causar efeitos colaterais graves, incluindo problemas cardiovasculares, alterações metabólicas e dependência química. Quando comercializados de forma irregular, sem procedência comprovada e armazenamento adequado, os riscos à saúde se multiplicam.
A Polícia Civil segue investigando a extensão da rede clandestina e alerta a população sobre os perigos de adquirir medicamentos por meios não oficiais. A compra de substâncias controladas sem prescrição médica, além de configurar crime, pode resultar em graves danos à saúde e até mesmo em óbito.
As autoridades orientam que qualquer tratamento com medicamentos emagrecedores deve ser realizado exclusivamente sob orientação médica, com produtos adquiridos em farmácias legalmente estabelecidas.
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Fonte: Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) / 19ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) / Polícia Civil de Goiás
Fotos: Reprodução/19ª DRP - Genarc
